terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma faca que me corta...

As pessoas tendem a me achar uma pessoa bem humorada... Dessas que todo mundo gosta de ter por perto para rir e se divertir... Pra ouvir uma frase espirituosa ou uma piada bem construída... E eu, particularmente e modestamente, me encaixo nessa categoria de ser humano agradável que os outros gostam de ter por perto.

Ocorre, porém, que tem dias que eu acordo ruim... E não é gripe, mal estar, coluna, estômago, nada... É tristeza, pura e unicamente... Acompanhada de um sentimento de solidão que me toma e faz meu coração ficar apertado... E aí a sensação de que estou com um corte profundo que não estanca o sangramento fica forte, forte, vira choro e... passa do além...

Desde que me conheço por gente tenho isso... A vantagem de agora morar sozinha é que eu passo o meu momento trevas sozinha, antes agoniava meus pais e depois passava... Confesso que isso me faz questionar como raios consigo sair da cama e evoluir o tanto que evoluí...

E não adianta ou precisa ir ao terapeuta, psicólogo e congêneres porque eu tenho isso desde sempre e passa... E tive isso mesmo tomando remédios, em fases áureas da vida ou que não justificavam esse tipo de "bodes eternus". Havia vezes em que eu chorava sem uma razão exata, mas chorava doído, como se aquela fosse a maior dor que eu podia sentir naquele momento. Depois do choque inicial de amigos e família, eles perceberam que em algum momento X, os sintomas sumiam e meu lado wanna be fun voltava... Acho que era uma catarse perante uma fase estressante, sei lá...

Hoje, depois de séculos, fui tomada pelo bode... Não consigo dar espaço pros ditos cujos dos lugares legais que tenho dentro de mim. O que me resta: esperar passar... E torcer pro bodão demorar pra voltar, por obséquio...

* PS: não sou doida, nem bipolar, nem nada... só estou em um dia daqueles ruins!

Nenhum comentário: